LIDAR COM PESSOAS… NÃOOOO! – PARTE 1

LIDAR COM PESSOAS... NÃOOOO! – PARTE 1

Eis aqui um tema que, por mais que se escrevam livros, gravem vídeos, produzam documentários, componham músicas, etc. e etc., nunca serão suficientes os conteúdos. Contudo, devemos considerar bem seriamente: quantas pessoas, dentre os bilhões de habitantes do planeta, hoje, estão buscando alguma coisa, nesta montanha de conteúdo?

Assim, se você chegou ao ponto de estar lendo até aqui – mais um dentre os milhares de milhares – pode se considerar um iluminado!

Posso me considerar um iluminado também! Pois, há muito tempo venho lendo, pesquisando, assistindo aos documentários e ouvindo as músicas que foram inspiradas no tema. Sou grato por tanto material. E, me pergunto: será que nunca vou aprender, finalmente?

Então, é justamente sobre isto que esta pequena série de três artigos deve abordar. Não se trata de adquirir argumento, aprender a lição, dominar os passos. Trata-se de relacionar-se com pessoas.

Coisa difícil. Não pelas velhas razões conhecidas: complexidade do ser humano, esquizofrenia generalizada ou simples esquisitice, mesmo! Mas, porque para conseguir melhorar, mesmo um pouco, nos relacionamentos, precisamos “notar” mais as pessoas. Quero dizer, se colocar mais no lugar delas. Sair da altivez da nossa convicção e certeza… ao menos um pouco e “perceber” que, além de “eu”, há mais pessoas habitando o mundo!

Resolver a questão? Obviamente, não. Talvez, somar algo. Isso sim! Comecemos agora!

NÃO CRITIQUE, CONDENE OU SE QUEIXE.

Considere calmamente… você, alguma vez, mudou ou melhorou em suas dificuldades, por ser criticado? A severidade com que as críticas são colocadas, via de regra, esmaga, destrói e muda… para pior. E, nem vem com essa de crítica construtiva. Pois, apesar de ser muito benvinda, raramente acontece. A crítica está ligada ao apontar um erro. O que é irmão gêmeo da condenação. Condenar é quando alguém expele um veredito: já que você fez isso, agora vai ter de fazer aquilo. É incrível como crianças, ainda muito novas, já são doutores nisso! Quem será que deu esta autoridade para elas? Quem nos deu esta autoridade? Somos rápidos em apontar os erros dos outros e dar o castigo também. Mas, quando a coisa é conosco… aí muda tudo! Não gostamos de ser criticados – na verdade, detestamos. Não gostamos de “pagar” as consequências do mal que causamos. E, ao invés de mostrar responsabilidade, jogamos a culpa nos outros, nas estruturas, no chefe, no cônjuge, em Deus, nas estrelas, no cachorro!

É claro que você não concordou com o que eu disse aqui. Óbvio. Mas, não pode negar uma coisa: ninguém gosta de quem julga, critica, condena e fica se lamentando, por perto. Se você não tem muitos amigos, ninguém te convida para festas ou passeios… talvez, já saiba por quê.

Não acredito muito em mudanças instantâneas. Para mim, parecem instáveis. Sim, creio em processos e na força da prática, ao longo do tempo. Talvez, para alguns, esta caminhada começa hoje!

APRECIE DE FORMA HONESTA E SINCERA.

As pessoas se rendem a elogios, tapinhas nas costas e gratificações, muito facilmente. Até um cão sabe o valor disso – só quem tem um cachorro em casa sabe o que estes caras são capazes só para ter um leve afago! É realmente poderoso. O problema está na essência, na vontade enraizada.

Como disse acima, “notar” as pessoas requer sair um pouco de si mesmo. Assim, apreciar é fruto de observação simples. Muitas pessoas treinaram isso, até conseguir fazer com sinceridade – não é tão difícil! Não pode ser elogios vazios. Procure coisas reais e relevantes que as pessoas fazem e reconheça para elas. Em um mundo onde há tantos reis e tão poucos súditos e reinos, quem aprecia alguém que está no seu convívio – mas, com honestidade e sem segundas intensões – vai ser lembrado e celebrado com sorrisos e abraços verdadeiros.

NÃO DESANIME, INSPIRE.

Se as faculdades oferecessem um programa de doutorado em matar o sonho e a alegria alheia, certamente teriam duas possibilidades muito reais de retorno: 1) seria um fracasso! Pois o ser humano já nasceu doutor em diminuir e apagar o semelhante; 2) seria um sucesso! Pois, parece que não há fim para o crescimento e expansão desta coisa!

Então, como não gostamos de “notas” as pessoas, as criticamos, julgamos e condenamos. Não gostamos de apreciar e enaltecer – a menos que ganhemos algo com isso. Logo, o que virá de nós é desanimador para elas.

Quantos pais matam o sonho dos filhos sem perceber. Quantos cônjuges entristecem o dia, um do outro, sem nem notar. Por aí vai…

Tudo isso porque amamos muito mais a nós mesmos que os outros. Por isso disse, lá no início, que não é fácil relacionar-se bem. Assim, inspirar é ajudar a olhar mais a frente. É dar esperança de que pode ser melhor. É não matar o sonho, o desejo, o fio de vida que ainda resta.

Há um caminho melhor: olhar, de verdade, para as pessoas. Comece pelos familiares – cônjuge, filhos. Depois, familiares – pais e mãe, irmãos, sobrinhos e tios, etc. Depois, colegas de trabalho. Negue-se a “jogar o jogo”, ganhar ou ser o melhor a qualquer custo.

Considere isso… o mundo não se tornou um lugar horrível, como está hoje, cheio de gente ferida disposta a ferir, à toa. Não seja só mais um na correnteza. Lide com as pessoas. Lide consigo mesmo.

Até a parte dois!



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