INTELIGÊNCIA EMOCIONAL #2 BATALHA NA MENTE – COMO REPROGRAMAR SEU MODUS OPERANDIS

Como Reprogramar Seu Modus Operandis

Há um montão de vídeos, na internet, falando sobre vencer seus medos, crenças limitantes, etc. Acredito que, a maioria deles, está falando de conceitos incríveis e verdadeiros… quando funcionam! Mudar a mente e aplicar novas formas de viver já são coisas bem complicadas. Agora, mudar quem somos é de fazer Os Doze Trabalhos de Hércules parecerem fichinha!

Como mentor, já tive de aconselhar inúmeras pessoas, com backgrounds (experiências) bem diversificados. Em todos os casos, sem exceção, o maior dilema sempre foi conseguir entender a realidade dos fatos. E, essencialmente, a realidade de si mesmo e das outras pessoas.

Mas… como discernir a realidade? Quem for capaz de fazer isto, com total assertividade, com certeza, está apto para dominar o mundo!

As mais antigas correntes filosóficas (idealismo, empirismo e racionalismo) sempre se ocuparam em entender a existência, a realidade – ou verdade – e o conhecimento. Não é à toa… as grandes questões da vida estão compreendidas ali. Mas, não é o campo filosófico que nos interessa agora. Sim, entender como vemos a vida, como a experimentamos – ou a vivemos, e, como reagimos frente aos seus desafios. Ou seja, como temos programado nosso Modus Operandis!

Por favor, entenda… reprogramar é tema delicado. Muitos desistem. Muitos conseguem – como falamos no primeiro artigo da Série! Mas, precisamos começar. Sugiro as três reflexões, abaixo:

1. Busque entender a aceitar a sua realidade – por mais terrível que ela pareça.

De saída, já te digo: você, muito provavelmente, não é quem você pensa que é! Todos somos apaixonados demais por nós mesmos, para admitir que não somos grande coisa. Enquanto todo o mundo incentiva o culto à autoestima, o ser humano, cada vez mais e mais, vai se transformando em monstro! Desculpe… eu explico. Quanto mais o indivíduo se dedica à própria realização, felicidade, bem-estar, conforto, segurança, aceitação, etc… mais se distancia da sua realidade, mais a nega e menos lida com ela. Somente conhecendo quem somos é que os ajustes na nossa realidade (relacionamentos, visão, valores, etc.) vão ser precisos.

Já disse que precisamos de pessoas leais, para nos ajudar a captar as frações mais essenciais de quem somos. Saber que, muito provavelmente, não somos aquelas pessoas tão legais, divertidas, simpáticas, inteligentes e elevadas, que pensamos que somos, pode ser o primeiro e mais importante passo para o encontro essencial com o “eu” verdadeiro.

A questão não é apenas se somos ou não o que achamos que somos. Mas, fundamentalmente, se a motivação propulsora é, ou não, legítima… assunto para outro artigo! Acredite, as pessoas leais que estão aí, na sua vida, sabem e podem te ajudar a perceber melhor a sua realidade.

2. Admita todo o bem e todo o mal que você já causou – por causa disso.

Caetano Veloso disse: “cada um sabe a dor e a beleza de ser o que é”. Entender quem somos – e o que fazemos por causa disto, também pode ser uma realidade bem dura, difícil. Como amantes de nós mesmos, vamos negar. E, vamos perder muito com isso!

Mas, se Vencer a Batalha Na Mente for prioridade, após aceitar o que e como somos, com humildade, vamos também reconhecer o mal que causamos. Sim, o mal que causamos – afinal, famílias não se desfazem por causa do bem que fazem uns aos outros… né? E, se causamos mal, foi para pessoas – não apenas para situações.

Estas pessoas foram feridas, machucadas, abortadas, etc… por nossa causa.

Então, precisamos reconhecer o que fizemos. Mas, e o que elas fizeram, não conta? Sim, para elas conta – principalmente quando começarem o processo de entender quem elas são e qual o mal que causaram!

Não precisamos perder muito tempo aqui. Você feriu, machucou, abortou? Então, precisa reconhecer que isto está errado – seja qual for a situação. Isto já é uma grande coisa! Ainda é possível comunicar àquela(s) pessoas(s) que você sabe que causou mal a ela(s)? Ainda é possível contar-lhes que está sinceramente arrependido? Então faça! Há muitos eventos diferentes, onde você causou o mal a pessoas diferentes? Então, comunique sua mudança de mente – Metanoia ou arrependimento, sobre cada evento. Só assim verão sua maturidade, intensão e disposição de reparar o mal causado.

3. Disponha-se a lidar com sua realidade – todos os dias, até o final da sua vida.

Colocando estes dois passos em prática – sei que não será fácil! Você fica atualizado com sua realidade. Você a reconhece e entende o quanto pode ser danosa, se não tiver controle. Mas, ainda tem uma coisa: assuma a responsabilidade sobre cada ação futura.

Não fique “nas mãos” das circunstâncias. Quando alguém mata, o faz por uma razão – nem por isto se torna inocente. A Legítima Defesa torna razoável, alguém matar alguém. Mas, não libera das consequências emocionais para resto da vida.

Se souber quem você é, como age – e o mais importante: como reage, terá recursos verdadeiros para evitar situações traumáticas. Se já reconheceu sua realidade, estabeleça limites – as cerquinhas de segurança! Não violente sua realidade. Não desobedeça às próprias regras.

Você também acha que não vai conseguir? Bem-vindo ao time! Energize esta tomada de decisão lembrando a carga emocional que pesou sobre você, após desrespeitar os limites da sua realidade. Lembre do preço que pagou. Lembre da dor e sofrimento que passou. Se alguma pessoa neste mundo já conseguiu, você também pode. Conte conosco!

Sucesso!

 

 

 

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